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 JOGO LIMPO
Entrevista a Rui Narciso

Rui Narciso - Técnico de Futebol com provas dadas.

Como apareceu essa vontade de ser treinador de futebol?

Penso que a minha carreira de treinador começa um pouco por acaso, apesar de que enquanto jogador ter sido sempre um apaixonado pelo treino e pelos conteúdos deste. Na última Época que joguei, estava no F. C. S. Pedro e o treinador na altura (Pedro Duarte) foi convidado a ir treinar os Infantis do S.C.U. Torreense, endereçando-me o convite para ser seu adjunto, que acabei por aceitar. Numa fase inicial ainda tentei conciliar ambas as coisas mas rapidamente cheguei à conclusão que teria de optar, deixando de jogar aos 27 anos de idade.

Depois de iniciada essa nova fase ligada ao futebol, a paixão pelo treino e análise competitiva, fez que não voltasse a pensar em jogar novamente mas sim cimentar cada vez mais conhecimentos relacionados com a actividade de treinador.

 

Sabemos que jogou futebol, quais os clube em que jogou desde formação a seniores?

Toda a minha formação como jogador foi feita no S.C.U. Torreense, como sénior representei, F.C. S. Pedro, Freiria S.C., S.C. Livramento e Ponterrolense.

Qual o seu percurso como treinador?

Como referi, comecei como treinador adjunto nos Infantis do S.C.U. Torreense, depois sempre como treinador principal treinei os Escalão de Escolas e Infantis ambos por uma época e Juniores durante três épocas, sempre no mesmo clube. A acrescentar, estive durante 3 meses como treinador adjunto da equipa sénior do Torreense no início da época 2009/2010. De momento encontro-me a treinar os seniores do Monte Agraço F.C. onde iniciei funções neste mês de Março.

Lembra-se do primeiro treino que efectuou?

Sim perfeitamente! No primeiro treino como adjunto nos infantis, sentia-me completamente tranquilo pois o facto de não ter a responsabilidade de um treinador principal, deixava-me de alguma forma numa posição confortável. Contudo senti desde logo uma vontade enorme de absorver ideias.

Já como treinador principal do escalão de Escolas na época seguinte, confesso que senti algum nervosismo, pelo facto de ter a responsabilidade de em primeiro lugar escolher um plantel, decidindo em consciência de ficar com os melhores e não cometer injustiças. Também o facto de saber que nos escalões mais jovens como o de Sub-10, os jovens vêm no seu treinador uma grande referência, foi factor de algum nervosismo inicial, que depois acaba por ser ultrapassado.

Treinar equipas de formação está no seu horizonte?

De momento não faz parte dos meus objectivos voltar a treinar formação num futuro próximo, no entanto nunca sabemos quando pode surgir uma oportunidade irrecusável mesmo a treinar um escalão de formação.

Quais as principais dificuldades que nota nos atletas que treina?

Neste momento e a treinar os seniores do Monte Agraço, o facto de nenhum jogador ser profissional e chegar ao treino depois de um dia de trabalho e alguns deles exigentes fisicamente, é um factor limitativo no conteúdo do treino a ministrar, que tem se ser ultrapassado, criando sempre exercícios que vão ao encontro do Modelo de Jogo pretendido e ao mesmo tempo, torne o treino num momento de prazer.

Como classifica o trabalho que realizou no Torreense?

O Torreense não é um clube fácil de treinar, porque pela sua grandeza regional ou até nacional e sua longa história, obriga a que as fasquias ou objectivos sejam sempre e logicamente elevados, acontece que nem sempre existem os recursos suficientes, sobretudo na formação que possam dar garantias de sucesso. No entanto penso que essa situação acaba por ser transformada numa mais-valia para o crescimento dos treinadores e dos próprios jogadores.

Não sendo fácil realizar uma auto-avaliação de desempenho, porque poderá não ser isenta, não tenho pudor de dar uma avaliação muito positiva ao desempenho realizado enquanto treinador nos escalões de formação do Torreense.

E a curta passagem pelo Monte Agraço?

Cheguei ao Monte Agraço num momento difícil da equipa e após seis derrotas consecutivas, acontece que após uma vitória sobre uma adversário directo na luta pela manutenção, nos deu outro conforto. Sinto que neste momento existe alegria e motivação nos jogadores, permitindo olhar para as jornadas em falta com grande confiança.

Na análise que faço ao clube e que já transmiti ao Presidente, considero que o Monte Agraço F.C. tem um grande potencial de crescimento, pode e deve pensar um pouco mais alto, ambicionando outros patamares. É uma instituição com óptimas condições de trabalho a todos os níveis, está inserido num Concelho que merece muito respeito pela sua dimensão regional e detém a representação máxima deste mesmo Concelho no capítulo desportivo.

Além disso tive a sorte de encontrar pessoas sérias, capazes e apostadas em vencer, refiro-me a uma Direcção cuja dedicação é imensa, um departamento médico competente e um grupo de jogadores com enorme vontade de vencer as adversidades.

A sua metodologia de treino tem sido bem aceite pelos atletas?

Completamente! Inicialmente poderá ter existido alguma estranheza em relação à metodologia utilizada, talvez por ter pouco daquilo que avalio como tradicional. Como disse anteriormente procuro que em cada exercício, exista conteúdo bem definido de acordo com o Modelo de Jogo e o mais perto possível daquilo que é a realidade da competição. Preocupo-me sempre em explicar cada exercício aos jogadores, não apenas de uma forma meramente do ponto de vista da execução mas sobretudo visando o seu conteúdo táctico e onde está inserido no nosso Modelo de Jogo, creio de só assim podemos ajudar os jogadores a crescer tacticamente e quanto mais cultos forem maiores são as probabilidades de sucesso.

Neste momento creio que os já estão identificados com a minha metodologia de treino e agradados com ela.

O que deve ser um treinador de futebol?

Em primeiro lugar deve ser um vocacionado para o exercício desta função e exerce-la com muita paixão, alimentando uma cultura de valores.

Deverá ser capaz de desenvolver e gerir competências técnicas e comportamentais daqueles que dirige, isso também se aplica às suas próprias competências, deverá conseguir efectuar racionalmente a sua auto-avaliação de desempenho e em caso de fraco desempenho da equipa questionar-se a si próprio e onde poderá estar a errar no a trabalho desenvolvido e obrigatoriamente terá de conseguir mobilizar e motivar, com empenhamento, sendo metódico e com capacidade de planeamento.

Obrigatoriamente um treinador para ter sucesso tem de saber para onde quer levar a sua equipa e ter conhecimento do caminho a percorrer para lá chegar.

A relação e capacidade de influência com e sobre o meio ambiente em torno da equipa, também têm ser umas das capacidades do treinador.

Sente-se um treinador "diferente"?

Não sei se sou um treinador diferente, nem tão pouco alguma vez pensei nisso, apenas posso afirmar que tenho uma enorme paixão pelo futebol e por ser treinador de futebol. Considero-me um treinador muito ambicioso, metódico, com vontade de ganhar, com uma enorme sede de aprender, assimilar e gerar ideias, adquirir experiência e acredito que assim posso crescer nesta carreira ainda tão curta. Não sou louco de dizer que sou diferente ou sequer um grande treinador mas empenho ao máximo e dedico imenso tempo da minha vida para que um dia possa vir a ser reconhecido por bons trabalhos efectuados.

Momento mais alto da sua carreira como treinador?

Felizmente já vive vários momentos de alegria.

A nível colectivo e nos escalões mais jovens da formação, destaco a conquista da concentração final no escalão escolas e o campeonato municipal. Já nos juniores, a participação no Campeonato Nacional da 1ª Divisão e pelo que me transmitiram, a obtenção da melhor de sempre do Torreense nesta divisão. O momento do apuramento para a 2ª fase na época passada foi vivido com muita intensidade, assim como a conquista de 13 pontos na 2ª fase e que atipicamente não deram acesso à subida de divisão.

A nível pessoal, ter tido a oportunidade de frequentar e concluir no verão de 2009 o Curso UEFA Advanced (nível III), foi um prazer enorme e uma experiência muito enriquecedora, pelo conteúdo de aprendizagem, pela elevada partilha de ideias e pelo ambiente vivido ao longo de 3 semanas em regime de internato.

Objectivos?

Neste momento mantenho-me preocupado apenas com o objectivo imediato do clube que represento. No futuro os resultados alcançados ditarão as oportunidades e a abertura de novas portas.

No entanto seria hipócrita se não dissesse que tenho sonhos e metas definidas mas também tenho a consciência que existe um caminho a percorrer, ainda mais para alguém que não é licenciado em educação física e nem foi futebolista profissional, o caminho poderá ser mais difícil e demorado, contudo deixar-me-á muito mais preparado.

 

Obrigado pelo tempo que lhe ocupei e votos de muito sucesso climerio ferreira